quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A datação radiométrica é mesmo tão confiável?

A datação radiométrica é o procedimento através do qual os geólogos tentam estimar a idade de uma rocha, baseando-se no processo de desintegração radioactiva de determinados elementos instáveis. As rochas possuem certos elementos instáveis, o que significa que o núcleo dos seus átomos se desintegra espontaneamente, permitindo a transformação dos referidos elementos (chamados isótopos-pai) noutros diferentes mais estáveis (isótopos-filho).

O evolucionista refere muito estes métodos como evidência da extrema antiguidade da Terra, como se a medição da quantidade de isótopos numa rocha revelasse directamente a idade da mesma. O cristão que acredita na Bíblia deve ter em mente as pressuposições assumidas pelos geólogos quando utilizam estes métodos.

Na palestra em Espinho, um dos presentes referiu um destes métodos para afirmar que a ciência provou que a Terra tem mais que 10.000 anos. Eu perguntei se ele sabia as pressuposições dos geólogos ao utilizar estes métodos. Como a resposta foi negativa, utilizei um exemplo para mostrar o que é assumido na datação radiométrica.

radiometric_dating

Desenhei no quadro um esquema como o que se encontra à esquerda deste post, com variáveis diferentes. Vou falar como se tivesse utilizado as variáveis presentes nesta ilustração, para facilitar a compreensão.

Perguntei quanto tempo demorou para o copo ficar com aquela quantidade de água, com base nos valores conhecidos. A resposta foi rápida: 6 horas! Perguntei se os restantes concordavam. Todos concordaram.

Eu disse “muito bem” e em seguida perguntei se tinham notado aquilo que eles assumiram para avançarem com essa resposta. Uma voz disse: “Que a torneira esteve sempre a correr à mesma velocidade“. Eu disse “muito bem” e perguntei: “E quanto ao copo?“. Da audiência veio outra resposta: “Que o copo estava vazio quando a torneira começou a correr“.

Fiquei contente porque as pessoas deram conta daquilo que elas tiveram de assumir para chegar à resposta das “6 horas“. E ainda faltou referir outra coisa que foi assumida: que não houve “contaminação” externa, isto é, que a água do copo só veio da torneira.

Voltando à datação radiométrica

Pois é, com a datação radiométrica acontece precisamente a mesma coisa. Os geólogos assumem:

1) Que a taxa de decaimento dos isótopos radioactivos foi sempre constante;

2) Que não houve contaminação externa (isto é, que nenhuma quantidade de isótopos-pai ou isótopos-filho entrou ou saiu da amostra);

3) Que as condições iniciais da amostra são conhecidas (isto é, que não havia isótopos-filho na amostra).

CONCLUSÃO

É bom ter em mente o que está por trás dos métodos de datação radiométrica. Uma coisa é medir a quantidade de isótopos-pai e isótopos-filho presentes em determinada rocha. Isso é possível fazer com grande precisão. Outra coisa totalmente diferente é extrapolar essa observação para determinar a idade da rocha em questão. Isso depende de factores não observados e não conhecidos que simplesmente se têm de assumir. Não dá para voltar atrás no tempo até à altura em que a rocha se começou a formar e acompanhar o seu desenvolvimento.

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Blog Que Treta!

O Marcos Sabino tem um post intitulado «O que toda a gente devia saber sobre a datação radiométrica»(1), onde expõe o que diz ser«as pressuposições dos geólogos». Ilustra com o exemplo que deu numa palestra em Espinho, a alunos de um liceu (2). Uma torneira pinga 50 ml por hora. Por baixo da torneira há um recipiente com 300 ml de líquido. Para estimar o tempo que a torneira pingou é preciso saber quanto líquido tinha o recipiente no inicio, se o ritmo das pingas foi constante e se não houve perdas ou ganhos de líquido por outras vias. Diz o Marcos que o mesmo se passa com a datação radiométrica, onde extrapolar das quantidades de isótopos para a idade da rocha «depende de factores não observados e não conhecidos que simplesmente se têm de assumir»(1). Dá a ideia que os geólogos nunca pensaram neste problema.

Vou dar o exemplo da datação por estrôncio (Sr) e rubídio (Rb), mais complexo que a torneirinha do Marcos mas mais realista. Dos quatro isótopos de estrôncio, usam-se dois relativamente comuns (cerca de 10% do total, cada um) para a datação por este método. O
86Sr é estável e não resulta de nenhum decaimento radioactivo, por isso a sua quantidade no mineral é constante. O 87Sr é formado pelo decaimento radioactivo do isótopo de rubídio 87Rb, por isso a sua quantidade vai aumentando com o tempo num minério que contenha87Rb. Isto não são “pressuposições” gratuitas mas sim dados confirmados experimentalmente, pois este decaimento pode ser medido e estas reacções nucleares são bem conhecidas. Também se sabe, com confirmação experimental, que o86Sr e o 87Sr são quimicamente idênticos. Diferem apenas na massa atómica mas, como é normal nos isótopos do mesmo elemento, reagem quimicamente da mesma forma e, por isso, são incorporados nos minerais na mesma proporção.

Tipicamente, uma rocha é uma mistura heterogénea de vários minerais. Quando a rocha se formou cada mineral tinha uma concentração inicial diferente de Sr e Rb, conforme a sua composição química. Mas a proporção de
86Sr para 87Sr era igual em toda a rocha porque estes isótopos são quimicamente indistintos. Os minerais mais ricos num serão mais ricos no outro, proporcionalmente. Com o passar do tempo, o decaimento do 87Rb em 87Sr vai diminuir a quantidade de 87Rb e aumentar a de 87Sr. Como a proporção inicial de 86Sr para 87Sr era igual em todos os minerais, a quantidade total dos isótopos pode ser medida em cada mineral, e uns minerais têm mais Rb que outros, é possível descobrir todas as incógnitas (3) e não só datar cada mineral independentemente como confirmar os valores obtidos, porque todos os minerais que se formaram quando a rocha solidificou têm de ter a mesma idade.

Os métodos reais de datação são complexos porque os geólogos não se limitam a assumir o que não sabem. Ironicamente, são os criacionistas que assumem uma idade para a Terra sem a validarem devidamente. Os cientistas têm o cuidado de questionar as premissas e de as fundamentar em resultados experimentais. Talvez o Marcos leia isto e reconheça que, por ignorância, tinha subestimado a atenção ao detalhe com que os cientistas resolvem estes problemas. Infelizmente, a minha experiência com o criacionismo sugere que o Marcos já sabia disto mas queria dar a ideia, errada, que os cientistas inventam os resultados. É a grande diferença entre ciência e evangelização. Quando alguém fala de datação radiométrica numa sala de aula os alunos assumem que está a explicar um problema científico tentando dar uma ideia correcta, fiel aos factos e que esclareça. Mas o criacionista quer evangelizar e, para esse propósito, os factos são plasticina para moldar e torcer como der mais jeito.

Não sei se algum dos alunos desse liceu de Espinho vai ler isto, mas gostava de deixar uma ideia da magnitude do erro do Marcos. O nosso sistema solar tem cerca de 4.5 mil milhões de anos e o universo 13.5 mil milhões de anos. Estes valores foram medidos de várias formas independentes. Por radiometria, pela cosmologia, pelas reacções nucleares nas estrelas, pela geologia e assim por diante. Sabemos a idade do universo como sabemos que são 314 km de Lisboa ao Porto. Em ambos os casos precisamos assumir muita coisa acerca dos instrumentos de medição, mas em ambos os casos testamos essas premissas e confirmamos com medições independentes. O Marcos propõe que o universo tem apenas uns milhares de anos de idade. É legítimo questionar a precisão de qualquer medição, mas o valor do Marcos é um milhão de vezes menor que aquilo que os dados sugerem. É como dizer que a distancia entre Lisboa e Porto foi mal medida e que o valor correcto é de 31 centímetros. Não é apenas errado. É ridículo. E só porque vem escrito no livro preferido do Marcos...

No post do Marcos o Mats avisou
«prepara-te para começares a receber ataques espirituais. O inimigo não gosta quando Deus é glorificado, especialmente quando isso pode influenciar os mais novos.» Antecipando a crítica criacionista, quero deixar claro que isto não é um ataque espiritual, não me incomoda que glorifiquem quem quiserem ou que o Marcos fale da sua fé. Nem me considero inimigo do Marcos. Mas oponho-me a que deturpem a ciência para enganar as pessoas. Se o vosso deus se glorifica com essa desonestidade então guardem-na para os locais de culto onde, certamente, será apreciada. Mas não a tragam para as salas de aula.

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Blog A Lógica do Sabino

O Ludwig pretende mostrar como eu estou errado em dizer que os geólogos assumem coisas que não se podem saber, mostrando como os métodos de datação estão cientificamente bem fundamentados, dando como exemplo o método do Rubídio (Rb) -Estrôncio (Sr).

A verdade é que os métodos de datação não são aquilo que o Ludwig gostaria que eles fossem. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, os métodos de datação não são líderes, mas sim seguidores. Eles limitam-se a “comprovar” o panorama que os geólogos têm mais ou menos em mente (Aliás, a “ciência” já sabia que a Terra era antiga antes do advento dos métodos radiométricos). Quando eles dão idades “erradas”, o geólogo trata de arranjar explicações para o sucedido (temos o exemplo da “idade” atribuída às lavas basálticas das quedas de água do rio Colorado, que não coincidia com o observado). Quando eles dão idades “correctas”, a idade é aceite como traduzindo a realidade.

Eu posso estar aqui a escrever dezenas e dezenas de linhas a barafustar contra os métodos de datação, mas não há nada melhor do que o fazer com exemplos práticos. O professor Ludwig dá a teoria. Eu dou a prática.

1) Se os métodos de datação fossem fiáveis, então teríamos materiais mais velhos do que a própria Terra. O método potássio-árgon deu uma idade de 6 biliões de anos a diamantes do Zaire [meu destacado]:

A group of 10 cubic diamonds from Zaire has been found1 to contain correlated concentrations of 40Ar and K which, interpreted as a whole-rock K−Ar isochron with the usual assumptions, yield theunreasonable age of 6.0 Gyr.” (In Nature)

2) Se os métodos de datação fossem fiáveis, então teríamos de aceitar as idades discordantes entre os diferentes métodos. E já que o Ludwig deu o exemplo do Rb-Sr, vamos usar um exemplo onde esse método foi utilizado. As lavas de Cardenas, um dos estratos mais antigos do Grand Canyon, foram “datadas” com 2 métodos diferentes. O potássio-árgon deu uma idade de 845 milhões de anos. O Rubídio-estrôncio deu uma idade de 1090 milhões de anos. Estamos a falar de uma diferença de 245 milhões de anos. Os cientistas aceitaram a idade que foi dada pelo rubídio-estrôncio, tendo fornecido possíveis explicações para a idade dada pelo outro método.

3) Se os métodos de datação fossem fiáveis, então teríamos de aceitar idades antiquíssimas para material que se sabe que é recente. A datação de lavas proveninentes do vulcão Kilauea, no Havai, deu a idade de 22 milhões de anos. Lavas do vulcão Hualalai, também no Havai, que não têm mais de 210 anos, deram idades elevadíssimas [meu destacado]:

Isotopic studies have been made of the inert gases present in ultramafic xenoliths from two sites in Hawaii, the 1800–1801 Kaupulehu flow(Hualalai Volcano, Hawaii) and Salt Lake Crater (Oahu). Apparent agescalculated from the measurement of radiogenic argon and helium havevery high values.” (In Journal of Geophysical Research)

Se nos dermos ao trabalho de procurar, mais exemplos teremos da comédia da datação evolucionista. Se a “idade” dada pelo método não trouxer problemas ao paradigma evolucionista, ela será aceite pelo geólogo evolucionista. Mas caso ela entre em conflito com o seu paradigma, possíveis cenários serão adiantadas para explicar as disparidades. Isto acontece porque a datação radiométrica não é ciência objectiva.

Os métodos de datação falham em material que nós sabemos que tem pouca idade. No entanto, querem que confiemos neles quando estes nos “dizem” a idade de material que ninguém viu ser formado.

O professor Ludwig tem a ousadia de dizer:

Sabemos a idade do universo como sabemos que são 314 km de Lisboa ao Porto.

O problema é que não sabemos a idade do universo como sabemos que são 314 km de Lisboa ao Porto. Calcular a distância de Lisboa ao Porto faz parte da ciência experimental. Já a adivinhação da idade do Universo encontra-se no terreno frágil da ciência histórica, porque nenhum de nós esteve lá para acompanhar os seus aniversários.

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Nota: Fica evidente as diferenças de idades nos métodos, lavas de pouco mais de 200 anos foi datada como tendo milhões, está claro que algo está errado.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mentiras que duram – “O APÊNDICE É UM ÓRGÃO VESTIGIAL”

A teoria da Evolução sobrevive à base de mentiras e definição vaga de conceitos. Já todos sabemos isso. Uma das mentiras que se tem arrastado ao longo dos tempos tem a ver com a alegada função vestigial do apêndice humano. Antes de mais, é presunção dizer que determinado órgão é vestigial. Não se pode, simplesmente, assumir a função do órgão, colocarmo-nos no lugar do órgão e vermos se ele tem ou não uma função. O que se tem visto é que as funções dos alegados órgãos vestigiais têm sido descobertas com o passar dos anos.

O apêndice é um dos órgãos que os evolucionistas diziam que não tinha aparente função (bem, na verdade alguns ainda dizem), resultado do percurso evolutivo do ser humano. Na minha última semana em Lisboa, quando estive a estagiar na TV Ciência, almocei com uma colega minha que está no 3º ano de Medicina. A certa altura da conversa, perguntei-lhe se lhe tinham ensinado que o apêndice é um órgão vestigial. Respondeu-me com ar natural: “Sim, o apêndice é um órgão vestigial“.

Em 1999, um professor de Fisiologia disse na Scientific American: “Durante anos, pensava-se que o apêndice tinha uma função fisiológica muito pequena. Contudo, hoje sabemos que o apêndice desempenha uma função importante no feto e em jovens adultos“. O apêndice desempenha importantes funções no crescimento do feto e faz parte do sistema imunitário de uma pessoa adulta.

Em 2007, um estudo revelou que o apêndice serve de “casa de segurança” para as bactérias necessárias na digestão da comida. O apêndice dá cobertura a estas bactérias, para que não sejam eliminadas por doenças como a cólera ou a disenteria (inflamação intestinal).(Em português)

As minhas questões são:
1) Por que é que tem de ser um aspirante a jornalista a dizer a uma estudante do 3º ano de Medicina que o apêndice está lá por uma razão, e não é apenas um vestígio de evolução humana?
2) Por que é que as falsas evidências não são substituídas?
3) Se a Evolução é um facto, por que razão se tem de utilizar falsas evidências para suportar a teoria?

Fico preocupado por estarem a ensinar a futuros médicos que um órgão que tenho no meu corpo não tem função quando, na realidade, desempenha funções importantes. Por outro lado, é triste constatar que uma teoria que se diz científica – a Evolução – seja um obstáculo ao verdadeiro conhecimento.

appendix-cartoon

“ESPECIAL – 2 pelo preço de 1 – Remova qualquer um dos mais de 150 órgãos sem função”

Fonte: Blog A Lógica do Sabino

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O homem é monógamo

Como criacionista, minha maior discórdia com os que advogam a macroevolução não resulta das diferenças diametrais entre as conclusões morais consequentes de cada uma dessas duas cosmovisões (tratarei dessas diferenças no fim do texto). Minha maior incompatibilidade com eles, incompatibilidade que por vezes beira a aversão, é de natureza argumentativa. Mais especificamente me refiro a um tipo de artifício por eles empregado ao formularem suas ideias. Como a evolução é aceita hoje como um fato, qualquer explicação que a tenha como partida apresenta boa possibilidade de ser aceita como verdade. A psicologia evolutiva é um caso típico – e escabroso.

Dia desses, eu falava a um amigo que não existe melhor ocupação que a de psicólogo evolutivo: não é preciso lá grande rigor técnico, basta que sua formulação, embora sem bases epistêmicas, apresente alguma coerência – e voilá! – o dogma evolucionista oferece o alicerce de justificação teórica, e a proposição psicológico-evolutiva ganha espaço em jornais, blogs e revistas.

Essa distorção lembrou minhas aulas de Metodologia Científica. Nosso professor era taxativo: “Lembrem-se sempre disso! Escrevam-no na testa e nas mãos! Em pesquisa científica, deve-se privilegiar o árido método em detrimento da aconchegante hipótese, mesmo quando aquele invalida essa!” Bingo, saudoso mestre!

Por isso, surpreende-me às vezes que um biólogo macroevolucionista busque testar suas hipóteses a partir de um estudo objetivo de campo em vez de tecer ilações a partir dos pressupostos do naturalismo filosófico contrabandeado no bojo da ciência.

Em outubro de 2005, o famoso zoólogo Desmond Morris, autor de livros como O Macaco Nu, falou ao jornalista Luis Amiguet, do La Vanguardia, na cidade de Barcelona. Seguem alguns trechos da entrevista traduzida e publicada na Folha On-Line (os destaques em negrito são de minha iniciativa):

LV: [O senhor] não tentou a poligamia habitual entre nossos irmãos primatas?

Morris: O homem na realidade é monógamo.

LV: Mesmo que guarde sua monogamia em segredo?

Morris: Você crê que é uma ironia, mas acaba de dizer uma grande verdade. Em muitas culturas o poderoso é obrigado a ser polígamo, porque a posse de muitas esposas é um sinal de status. Mas embora haja muitas concubinas sempre existe uma favorita: isso em pureza zoológica se chama monogamia.

LV: Ou seja, essa história de “duas mulheres ao mesmo tempo” é biologicamente improvável.

Morris: Pode haver duas mulheres ao mesmo tempo, mas na realidade há uma esposa e a outra. Sempre há uma que é A mulher. A outra tem um papel secundário que complementa mais ou menos o homem, mas seu investimento emocional, o homem o realiza só em uma mulher, uma companheira, embora :seja claro que esse lugar prioritário em seu afeto e sua economia possam ser ocupados por diversas mulheres sucessivamente.

LV: Por que somos seres de uma só mulher?

Morris: Porque só podemos nos ocupar realmente de uma prole, mesmo que possamos ter engendrado várias. E a natureza hierarquiza nossa dedicação para otimizar as possibilidades de êxito sucessório.

LV: Nunca houve um polígamo de verdade?

Morris: Eu e minha equipe de pesquisadores e antropólogos procuramos por todo o planeta pelo menos um caso de poligamia real, quer dizer, um polígamo que desse exatamente o mesmo tratamento a todas as suas fêmeas e aos descendentes que tivesse com cada uma.

LV: E...?

Morris: Não encontramos. Filmamos um famoso bruxo e cantor de rock nos Camarões que tinha chegado a colecionar 58 esposas...

LV: Deve ter sido terrível, coitado.

Morris: ...mas sempre tinha uma favorita.

LV: Ela. Sempre ela.

Morris: ...embora nosso bruxo roqueiro realizasse uma festa de casamento gigantesca cada vez que mudava de favorita.

LV: Como tantas celebridades do rock.

Morris: E todas as garotas do coro estavam casadas com ele! Na realidade era monógamo, maspara aparentar diante da tribo o pobre homem era obrigado a parecer polígamo.

LV: Extenuante.

Morris: A mesma coisa aconteceu com um rei do Taiti que pesquisamos: chegou a ter 28 esposas espalhadas pela ilha, cada uma em sua casa. Mas sempre havia uma com a qual passava mais tempo e cuja prole protegia com mais dedicação e recursos. O homem pode ter muitas companheiras, mas uma única dona.

*****

Apesar de discordar de partes dessa entrevista e do conjunto da obra de Morris, em especial do livro que ele divulgava à época, A Mulher Nua, não pude deixar de reconhecer-lhe a honestidade metodológica e também, por que não dizer?, sua honestidade moral. Embora encilhado com os arreios materialistas, a íntegra de sua entrevista é um maravilhoso encômio ao que possa haver de amor e pureza nas relações afetivas entre homens e mulheres.

Agora voltemos à fealdade destes nossos dias bicudos. Em Nuremberg, os acusados defendiam-se alegando estarem apenas cumprindo ordens. Imagino um adepto – sincero ou oportunista – das ideias de antropólogos como Jane Lancaster. Imagino o sujeito flagrado com as calças literalmente na mão: “Mas, meu bem, eu estava apenas cumprindo meu código genético!” Mais um pouco e estupradores vindicarão essa tese nos tribunais.

Certo, certo, nem todos os evolucionistas defendem a Síntese Evolutiva Moderna como jurisprudência biológica para a prática de atos socialmente reprováveis. Mas há um atrativo irresistível nas pretensões materialistas. Somando pragmatismo ao relativismo, o homem de hoje sente-se desobrigado de carregar o fardo das responsabilidades morais. Talvez isso explique o pouquíssimo apuro inquisitivo dos que recebem como verdadeiras as mirabolantes afirmações da doxa macroevolucionista.

Artigo retirado do blog Criacionismo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A teoria da evolução prova que Deus não existe?

Em um debate sobre a Existência de Deus, Christopher Hitchens, autor e um dos ícones do chamado “Novo Ateísmo”, citou a Teoria da Evolução de Darwin como argumento em defesa do Ateísmo. Mas o filósofo cristão William Lane Craig ministrou uma mini-palestra para seu adversário no debate explicando-lhe porque este era um argumento a favor do TEÍSMO e não do ateísmo.

sábado, 7 de novembro de 2009

Mentira a mentira, enche a evolução o papo!

Será que nós, cristãos que acreditam na Bíblia, é que somos uns desonestos que querem, a todo o custo, desacreditar a hipótese da Evolução? Vamos ver o que nos dizem os factos.

Lembram-se desta ilustração?

Pois é… assim foi como me ensinaram, há cerca de 10 anos, como evoluiu o Homem até chegar a mim:

Australopithecus -> Homo Habilis -> Homo Erectus -> Homo SapiensNeanderthalensis -> Homo Sapiens Sapiens

Do mais pequeno para o maior, do mais burro para o mais inteligente, do mais simiesco para o menos simiesco… assim foi como me disseram que o percurso evolutivo do ser humano ocorreu. Vamos ver como andam as coisas lá para os lados da Evolução agora:

Australopithecus -> A famosa “Lucy“, proclamada como o antepassado de toda a Humanidade durante mais de 30 anos, foi descartada como sendo um antepassado directo do ser humano (Mais sobre isto AQUI).

Homo Habilis e Homo Erectus -> Evolucionistas diziam que o Homo Erectus tinha evoluído do Homo Habilis, no entanto, novas descobertas colocaram estes dois amigos a viver no mesmo período de tempo. Em vez de um ter dado lugar ao outro, os dois foram contemporâneos.

Homo Sapiens Neanderthalensis -> Outrora considerados primitivos, as novas descobertas têm vindo a mostrar que, afinal, eles assemelham-se mais com o ser humano (na versão inteligente já) do que com os antepassados primitivos (Exemplo: ver AQUI).

Como as novas descobertas bagunçam a ilustração dos nossos antepassados, os evolucionistas agora apostam mais noutro tipo de imagem. É o caso da imagem que foi publicada na NewScientist, num artigo recente sobre “Evolução: 24 Mitos e Ideias Erradas”:

Reparem que já não nos apresentam os indivíduos do mais pequeno para o maior e já nem colocam utensílios primitivos nas mãos deles.

Agora eu pergunto…

Não é interessante ver como, com o passar dos anos, as concepções evolucionistas vão caindo por terra e ideias antigas são dadas como incorrectas, sendo substituídas por outras? O mais triste é que a maioria das pessoas que aprende essas ideias incorrectas acaba por nunca saber queaquilo que elas aprenderam está errado!

Não, não são os cristãos que acreditam na Bíblia que têm um problema com a hipótese da Evolução. Os factos da própria Evolução é que colocam constantemente problemas à teoria.

Mentira a mentira, enche a Evolução o papo!


Fonte: Blog A Lógica do Sabino

Novo fóssil põe "elo perdido" sob suspeita

Um grupo independente de cientistas analisou o fóssil de primata propagandeado em maio deste ano como "o elo perdido" da evolução humana e chegou a uma conclusão não muito empolgante: o bicho é provavelmente só um primo antigo e esquisito dos lêmures. Se eles estiverem corretos, o alarde midiático organizado em torno de "Ida, o elo perdido", ou Darwinius masillae, como o animal foi batizado oficialmente, pode se tornar um dos casos clássicos em que a vontade de chamar a atenção do público atropelou a ciência. Afinal, a descrição científica de Ida foi coreografada com o lançamento de documentários, sites, livros e de um evento para a imprensa no qual os pesquisadores responsáveis por estudá-la compararam o fóssil com a Mona Lisa e com o Santo Graal, afirmando que ele mudava tudo o que se sabia sobre a evolução humana.

À época, boa parte da comunidade científica concordou que se tratava de um exemplar belíssimo. Diferentemente dos outros primatas antigos, Ida, com quase 50 milhões de anos de idade [sic], teve seu esqueleto completo preservado - sem falar na presença de pelos e até do conteúdo digestivo do animal. Mas poucos concordaram com a sugestão de que o fóssil representava um ancestral direto dos antropoides, a linhagem de macacos que acabou desembocando no homem.

No novo estudo, que está na revista científica Nature desta semana, a equipe coordenada por Erik Seiffert, da Universidade de Stony Brook (EUA), compara Ida a uma nova espécie de primata extinto descoberta por eles no Egito.

Trata-se do Afradapis longicristatus, que é 10 milhões de anos [sic] mais novo que o suposto elo perdido, mas, ao que tudo indica, é um parente próximo de Ida, a julgar pela análise detalhada da mandíbula e dos dentes da espécie africana (aliás, esses são os únicos materiais preservados do bicho).

Seiffert e companhia também compararam Ida, o novo primata e outras 117 espécies vivas e extintas de primatas, levando em conta uma lista de 360 características do esqueleto. Essa comparação extensa, que não foi feita na descrição original de Ida, ajuda a estimar quais traços dos bichos realmente se devem ao parentesco e permite montar uma árvore genealógica dessas espécies.

O veredicto: Ida seria apenas uma prima muito distante do grupo que inclui o homem [sic], estando bem mais perto dos lêmures atuais. As semelhanças superficiais dela com o grupo dos antropoides seriam explicadas por evolução convergente - ou seja, porque ambos os grupos adotaram estilos de sobrevivência parecidos.

"São características relacionadas ao encurtamento do focinho e ao processamento de alimentos relativamente duros, como folhas", explica Seiffert. O pesquisador aponta o que, para ele, foi o principal erro da equipe que descreveu Ida. "Acho que eles deveriam ter feito comparações mais detalhadas com os mais antigos antropoides indiscutíveis. Eles teriam visto que traços como a fusão das duas metades da mandíbula, que não aparecem nesses antropoides [mas aparecem em Ida], não poderiam ser um elo entre Ida e eles."

Philip Gingerich, paleontólogo da Universidade de Michigan e um dos "pais" de Ida, não concorda. "Acho esquisito que o Afradapis seja muito parecido com os antropoides, mas acabe classificado em outro grupo. A ideia de convergência parece implausível", diz ele.

Aliás, argumenta Gingerich, "o Darwinius [Ida] conta com um esqueleto muito mais completo que o do Afradapis, e ele apresenta características adicionais de primatas avançados que não aparecem na análise".


Nota do blog Criacionismo: Pelo visto, é outra novela que renderá muitos capítulos. Mas os seguidores de Darwin não poderiam perder a chance de celebrar afoitamente o achado, batizando-o inclusive com o nome de seu ídolo. Infelizmente, para eles, o novo elo perdido perdido poderá é estragar a festa darwinlátrica.[MB]

Microfotografias do corpo humano



Células vermelhas do sangue


Ponta de um fio de cabelo danificado


Neurônios


Células dos pêlos de uma orelha


Vasos sanguíneos emergindo do nervo ótico


Papila gustativa


Coágulo sanguíneo (a parte mais clara é um leucócito)


Alvéolos pulmonares


Mucosa do intestino delgado


Óvulo humano sobre a cabeça de um alfinete


Espermatozoides tentando fecundar o óvulo


Óvulo fertilizado, com alguns espermatozoides remanescentes


Embrião humano de seis dias alojado na parede do útero

Nota do Blog Criacionismo: Entre as coisas que me impressionam quando contemplo a complexidade da vida, tanto em nível micro quanto em nível macro, é o fato de que todos os tipos de células, tecidos e órgãos provieram de uma única célula que trazia em si toda a informação genética necessária para fazer de nós o que somos. A condução desse processo de diferenciação e especialização deve ser perfeita (e deve ter sido sempre perfeita) desde o início, senão as aberrações deveriam ser a regra. “Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem!” (Salmo 139:14).