quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A flor trebuchet

Quem joga Age of Empires certamente que faz upgrade das suas catapultas e trebuchets na Siege Workshop. Quanto menos tempo eles levarem para lançar as suas pedras, mais rápido destruiremos as aldeias inimigas. O que recentemente investigadores descobriram foi que esse tipo de arquitectura não está só nesse armamento antigo.

A planta

Cornus canadensis, uma flor típica das florestas norte-americanas não perde tempo na hora de desabrochar. Usando uma câmara de alta velocidade, os cientistas mostraram que a C. canadensis pode abrir suas pétalas, catapultando o pólen ao ar, em menos de 0,4 milissegundos! (1)

Muitas pessoas pensam nas plantas como estáticas e sedentárias“, disse Joan Edwards, um dos investigadores. “Nós ficámos surpresos com a rapidez com que essa flor se abre” (2). E têm mesmo razão para ficar. Os investigadores começaram por utilizar uma câmara de alta velocidade que tira 1000 fotos por segundo – mas as imagens ficaram desfocadas, indicando que a câmara era lenta demais! Somente quando utilizaram uma câmara superveloz, que tira 10.000 fotos por segundo, eles conseguiram capturar no filme exactamente o que acontece quando a C. canadensis “explode”.

trebuchet2

Quando as flores se abrem, numa explosão, as pétalas separam-se rapidamente (dentro dos primeiros 0,2 milissegundos) e lançam-se para trás, fora do caminho dos estames, que carregam o pólen. Esses estames então abrem-se e aceleram-se a cerca de 2400 vezes a força da gravidade – aproximadamente 800 vezes a força que os astronautas experimentam durante um lançamento – catapultando os grãos de pólen ao ar “a uma altura impressionante de 2,5 cm“. Embora a primeira vista isso não pareça muito, as flores têm apenas poucos milímetros de altura. Essa é uma façanha equivalente a nós lançarmos uma rocha ao topo de um edifício de seis andares !

Na verdade, as pessoas aprenderam a realizar tais façanhas – através do uso de aparelhos como o trebuchet, um lançador de projécteis especializado usado nas guerras medievais. O trebuchet foi engenhosamente projectado, usando princípios da física (alavancas) para impulsionar objectos muito mais longe e muito mais rápido que uma simples catapulta.

É interessante que as anteras da C. canadensis assemelham-se e funcionam como trebuchets em miniatura, só que mil vezes mais leves, pequenas e rápidas. A carga (o pólen nas anteras) é atada ao braço lançador (filete) por uma “dobradiça” flexível, que conecta a antera ao topo do filamento. Depois das pétalas abrirem, a tensão dos filamentos desfaz-se, libertando energia elástica; a rotação da antera sobre o topo do filamento acelera o pólen à sua máxima velocidade vertical e lança-o, arremessando o pólen para cima.

A investigação foi publicada na Nature.

Design ou processos naturalistas graduais?

Sabendo que o trebuchet medieval foi inteligentemente projectado, seria lógico e racional dizer que a C. canadensis também foi? Naturalmente que sim. Além disso, o designer da C. canadensis teve a ideia primeiro e fez um trabalho melhor! É muito difícil imaginar como cada um dos componentes florais poderia ter surgido, em perfeita sincronia, por um possível processo de evolução gradual. Mas se há alguma coisa em que os evolucionistas são muito bons é em imaginação e especulação.

O mecanismo da C. canadensis aponta para o eterno poder e divindade do Deus criador (Romanos 1:20).


Blog A Lógica do Sabino

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